terça-feira, 27 de junho de 2017

Paixão, uma doce ilusão...


Paixão, uma doce ilusão...

O acaso da seta do cupido faz-nos sentir emoções fortes por uma pessoa que até aquele momento foi percepcionado como um simples ser humano mortal.

A paixão faz-nos acreditar que a outra pessoa é divina, que detém super poderes, super qualidades. Que doce ilusão.

É na relação com a outra pessoa, que a vamos conhecendo e que nos vamos conhecendo.

É na relação com a outra pessoa, que vamos construindo castelos ilusórios, ao sabor da paixão.

É na relação com a outra pessoa, que vamos projetando os nossos sonhos, os nossos desejos, as nossas necessidades na outra pessoa.

Gostamos da outra pessoa porque nos identificamos com ela. Encontramos nela, algo que é nosso: algo que gostaríamos ter sido no passado, algo que gostaríamos de ser no futuro, algo que gostávamos de ser no presente.

Até ao dia que tomamos consciência que a outra pessoa não é como imaginávamos. Afinal, o querer da outra pessoa é diferente do nosso querer. Afinal, a outra pessoa é tão humana como nós, talvez com mais defeitos que nós próprios. Sentimos-nos traídos, enganados, desiludidos.

É na relação com a outra pessoa, que vamos reconstruindo as nossas crenças, os nossos pensamentos, as nossas emoções, os nossos comportamentos. Vamos-nos transformando na relação.

É quando aceitamos relacionar-nos com a outra pessoa tal como ela é, com as suas qualidades, defeitos e tempos, que as ilusões caem por terra. Quando aceitamos a outra pessoa tal como ela é.

Quando nos aceitamos tal como somos.

Todos somos humanos, com qualidades, defeitos, ritmos, em constante evolução. Quando aceitamos isto, estamos prontos para viver relacionamentos harmoniosos.

Autoria: Sandra Mendes

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