terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Lideras ou segues a manada?


Quando dizemos que não somos influenciáveis, não será que somos mais influenciáveis do que pensamos?

Uma pessoa diz-nos que não somos capazes e no íntimo acreditamos pois comportamos-nos como não sendo capazes. 

Vivemos numa era em que a autoridade é contestada, os diagnósticos dos médicos são questionados, os polícias são desrespeitados, os alunos batem nos professores, os filhos mandam nos pais. 

Há uns anos atrás, dávamos ouvidos à autoridade, sendo ela quem fosse. Os anúncios publicitários tinham impato nas vendas, as pessoas queriam vestir, calçar, experimentar o produto que o vizinho também usava. Pois usando o mesmo que o vizinho do lado, alimentava o nosso sentimento de pertença e de aceitação social.

Nos dias de hoje, as pessoas escolhem pela diferenciação. Se o outro tem, então não quero ter. "Quero ser diferente." O que usamos, expressa a nossa individualidade e unicidade de cada um de nós. 

Assim, tendo em conta esta nova realidade, as empresas são "obrigadas" a oferecer um serviço ou produto diferenciado que promova a identidade de cada pessoa, que proporcione uma experiência emocional ao cliente. A produção em massa, o tailorismo está em desuso. Volta a estar na moda o estilista, o artesão, o criativo, o gestor de eventos. Está na moda, as empresas oferecerem um serviço e produto à medida.

Eu não vejo as coisas tanto como preto e branco, mas sim como uma palete de cores. Isto é, haverá sempre serviços e produtos básicos, essenciais que são necessários que todos tenham acesso, mas estes devem ser conjugados com alguma criatividade, o resultado final não pode parecer igual aos outros. Assim, é possível garantir quer o sentimento de aceitação social quer a individualidade da pessoa. Um bom exemplo é o IKEA. O mobiliário é composto por básicos que conjugados com alguma criatividade, resulta que não existam dois móveis iguais.


Autoria: Sandra Mendes



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