segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Que tipos de serviços de orientação existem?


Roménia


Considerando as necessidades e expetativas do jovem e/ou do adulto quando recorre a serviços de orientação, bem como os recursos humanos e materiais disponíveis nesses serviços, em termos gerais, os serviços de orientação de qualidade organizam-se para dar resposta a, pelo menos, quatro níveis de intervenção vocacional (…):


Informação vocacional – Abordagem educacional que ajuda os indivíduos a construir uma ideia mais clara acerca dos currículos e formações, trabalhos e empregos, como observadores atentos e curiosos dos percursos em que se movem, predispondo-os a uma reflexão mais profunda sobre si e sobre as suas experiências de vida. Incluem‐se neste nível atividades variadas de informação vocacional, nomeadamente, visitas de estudo, feiras de profissões, informação apresentada em suporte multimédia e a utilização de dispositivos informáticos facilitadores da autopesquisa. Quando avaliados os efeitos deste tipo de intervenção, verifica‐se que beneficiam dele os indivíduos já bem desenvolvidos do ponto de vista vocacional que, com alguma informação específica, conseguem avançar nas suas decisões e objetivos de carreira mais próximos.


Orientação vocacional – Abordagem psicoeducacional que ajuda a criar ou a desenvolver modos específicos de relação consigo próprio e com as várias experiências de vida, e a estabelecer correspondências entre estas e atividades de estudo e de trabalho. Incluem-se neste nível de intervenção os programas de apoio à tomada de decisões, os processos de balanço de competências, os portefólios de competências, os seminários de gestão pessoal da carreira e os sistemas autoadministrados de orientação ou gestão pessoal da carreira. Este nível de intervenção pode ajudar os indivíduos a moverem‐se para o futuro mais imediato, de um modo mais esclarecido e confiante, sendo adequado para estudantes do ensino secundário e universitários, alguns desempregados ou adultos à procura de emprego ou em transição na carreira, predispondo para a adaptabilidade.


Aconselhamento de carreira – Abordagem que utiliza modelos autorreflexivos e outros modelos que clarificam as escolhas através de atividades de atribuição de sentido da vida pessoal, em geral, e da vida de trabalho, em particular. Isto é, a integração do trabalho na vida de uma pessoa de um modo que faça sentido para ela. Estas atividades são transformacionais, relacionando-se com a clarificação de valores e a análise de narrativas de vida. São intervenções que beneficiam jovens e adultos pouco desenvolvidos do ponto de vista vocacional, impulsionando‐os para a autodeterminação, designadamente, estudantes em situação de insucesso escolar ou em risco de abandono escolar precoce e trabalhadores com vidas de trabalho pouco satisfatórias.


Educação para a Carreira – Abordagem compreensiva que pretende motivar para a aprendizagem e para o trabalho. Ajuda o indivíduo a ser um agente ativo do seu desenvolvimento (atitudes de autogestão como a antecipação e a autonomia), a viver experiências que o preparem para responder às expectativas sociais que estruturam as várias fases da carreira (competências de planeamento e de tomada de decisão). Esta intervenção é otimizada se for complementar e interrelacionada com outros processos de aprendizagem (por exemplo, integrada no currículo escolar, acompanhando o ciclo de escolaridade do aluno). A programação de atividades de educação para a carreira deve envolver vários agentes como alunos, pais, formadores, empregadores, entre outros, e providenciar uma intervenção articulada com outros serviços e estruturas da comunidade local, sendo a responsabilidade do desenvolvimento vocacional dos indivíduos partilhada entre todos os intervenientes.




Fonte: Guia Metodológico: Orientação ao Longo da Vida nos Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional

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