segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cinco ensinamentos milenares capazes de potenciar o seu bem-estar emocional



Qual a forma mais simples de explicar uma reflexão metafísica? Contar uma história!
Foi assim que mestres espirituais indianos conseguiram passar conhecimentos aos seus pupilos. E é assim que Ramiro Calle, um dos maiores especialistas espanhóis em orientalismo, nos transmite ensinamentos milenares numa obra singular.
«Os Melhores Contos Espirituais do Oriente», editado por A Esfera dos Livros, reúne 250 narrativas recolhidas pelo autor durante viagens à Ásia, acompanhadas por uma reflexão final. Uma espécie de moral da história que podemos aplicar no dia-a-dia.
Logo nas primeiras páginas, convida-nos a usar a obra como «fonte de descanso e inspiração, abrindo as suas páginas ao acaso». Foi o que fizemos, partimos em busca de cinco instruções milenares que podem ajudá-la a melhorar a sua vida.
1. Domine o ego
Uma pitada de vaidade é saudável, mas não centre as suas relações na forma como o seu ego se vai (res)sentir. A história da tartaruga agarrada a uma cana pela boca e transportada por duas garças, que assim a salvavam, demonstra bem como essa opção pode ser fatal.
Irritada por ouvir elogios às aves que a levavam, insulta quem os fazia, largando assim a cana e acabando por cair e morrer. Como diz o autor, «o ego provoca em nós suspeitas e susceptibilidades que nos obcecam e nos debilitam».
«Aprender a controlar o ego é uma das aprendizagens mais difíceis, mas é a única maneira de ir desmascarando as suas artimanhas e fantasmas», acrescenta ainda.
2. Exercite a concentração
Os nossos sentidos, e consequentemente a nossa mente, são invadidos por inúmeros estímulos. Tantos que nos podem desviar do que é realmente importante. «As divagações mentais roubam-nos energias preciosas que adquirem um grande poder penetrativo quando se conseguem concentrar», refere o autor.
«A mente bem exercitada pode permanecer atenta e concentrada, evitando assim as divagações que desorientam e travam o processo de crescimento interior», realça.
3. Cultive a paciência
O que acontece se um agricultor decide fazer colheitas antes de tempo? Estraga-as. E é isso que nos pode suceder se permitirmos que a ansiedade domine as nossas relações.
Siga o conselho de Ramiro Calle: «Põe as condições oportunas para alcançar o resultado e espera, sem impaciência (...) Quando nos intrometemos (...), podemos estar a quebrar o curso natural dos acontecimentos e a desajudar (...)».
4. Viva (mesmo) cada momento
Planeie o futuro mas não se esgote nele. «A mente tem uma recalcitrante tendência para se embrenhar em incertas expectativas para o futuro que, por vezes, geram muita ansiedade, em vez de pôr mais energia em cada momento e proceder (...) de acordo com as circunstâncias que vão surgindo», escreve Ramiro Caille.
5. Não seja refém da opinião dos outros
Quer mudar de emprego porque não suporta o facto de alguns colegas não gostarem de si? Pense outra vez. É bom que ouça críticas reflicta sobre elas e se corrija, mas não se deixe subjugar pelo que os outros pensam de si.
Lembre-se que «sempre haverá alguém a quem não agradamos e sempre há gente avessa que se transforma no pior inimigo do outro», refere o especialista em orientalismo.

Fonte: Texto de Nazaré Tocha retirado do site SAPO Mulher

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